"Fake News" - Velha como a Sé de Braga

Editorial da Revista Oremos 39

A doutrina católica é um conjunto de verdades. Conjunto monolítico, uno, porquanto deste corpo, uma só verdade que fosse adulterada e já não teríamos “a verdade católica”. Os tempos mudam, o homem muda, mas a verdade nunca muda porque foi revelada por Deus aos homens.

A Verdade não está sujeita à decadência ou ao aperfeiçoamento. Qualquer tentativa de adaptá-la ao paladar dos homens de nosso tempo, de reinterpretá-la para obter um consenso com os “dogmas” mundanos seria corrompê-la ou atentar contra a sua santidade.

Isto não quer dizer que os homens não possam, no correr dos anos, entender melhor a verdade ou a esquecer. Como Cristo Jesus, que cresceu na manifestação de sua santidade, a verdade pode ser melhor compreendida, com o auxílio de maiores graças divinas. A Igreja pode, portanto, crescer na manifestação da verdade, mas, é bom lembrar, a nova compreensão não pode contradizer ou negar o entendimento anterior.

Notícia Falsa

Jamais um ato que foi pecado no passado poderá deixar de o ser. Qualquer coisa que se diga em contrário é “fake news”, para usar o moderno termo para as notícias que convencem por parecer com uma verdade.

Considera-se hoje que uma falsa notícia pode ser muito perigosa. A “falke news” (falsa notícia em Inglês) está alarmando autoridades, intelectuais e a própria mídia. No entanto, espalhar falsas notícias sobre a igreja católica tem sido a maldade preferida de muitos integrantes dos grandes meios de comunicação (e muitos de seus componentes) desde os tempos do ímpio Voltaire, já lá se vão mais de 200 anos. Grandes mentiras, como “O código Da Vinci”e “Eram os Deuses astronautas” ou “pequenas” como os títulos que se lêem a todo o momento nos jornais, como “Novas evidências reforçam a teoria de que Jesus era casado” (UOL, 26/08/2015), sempre utilizaram os mesmos métodos que os modernos “fakers” em suas notícias fabricadas. Surpreende apenas que os propagadores das falsidades anticristãs do passado estejam agora alarmados com o perigo para a sociedade.

Diferente deles, o bom cristão nunca propaga uma “fake news”. Ele ama a verdade com um amor maior do que ama sua própria vida, porquanto a Verdade, que nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6).