O ANEL DE TUCUM

    O Papa Francisco participou de um ritual pagão?

    Um esclarecimento adamantino de Dom Amaury Castanho sobre o simbolismo do anel de tucum pode embasar nossa convicção de que o Papa Francisco não estava ciente de que lhe poriam no dedo este símbolo de adesão ao mal.

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    UM ANEL DO MAL

    A imprensa do mundo inteiro noticiou, claramente ou nas entrelinhas, que o Papa Francisco participou de um cerimonial indígena nos jardins do Vaticano, no dia da abertura do Sínodo. Os organizadores do evento foram a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), o Movimento Católico Mundial pelo Clima e a Ordem dos Franciscanos Menores.

    O ritual não foi explicado nem por estas entidades nem pelo Vaticano, porém tinham as características do ritual indígena da “retribuição à terra”, praticado por tribos da Amazônia, durante o qual se agradece à “mãe terra” por seus frutos ou se faz a ela algum pedido. É, portanto, um culto pagão.

    Durante o ritual, alguns representantes de tribos indígenas presentearam três objetos ao Santo Padre: um colar, uma imagem de uma mulher grávida descrita pelo canal de Vatican News em português como “Nossa Senhora da Amazônia”; e o conhecido anel de tucum.

    As fotografias do evento registram que o Papa estava surpreso e desagradado, demonstrando não ter sido previamente informado do que aconteceria naquele ato. Foi notado que o Santo Padre ficou até o final da cerimônia e plantou uma “árvore de São Francisco”, mas não pronunciou o discurso que tinha preparado e saiu em silêncio.

    Um anel, símbolo da revolução

    Por que o Papa aceitou receber um anel que é símbolo de uma conspiração dentro da Igreja para dividi-la, subverte-la e fazer triunfar doutrinas já condenadas pelo Magistério?

    Também quanto ao anel de tucum o Papa Francisco não parecia ter-se dado conta antes do acontecido. A imprensa noticiou que, logo após tê-lo recebido, o Papa o cobriu com a outra mão, assim ficando até o final da cerimônia. Podemos, sem fazer conjecturas, entender a razão do constrangimento.

    O anel feito de uma palmeira chamada tucum era, em tempos antigos, utilizado em rituais dos indígenas Tapirarés no Brasil e foi depois adotado pelos escravos trazidos da África para simbolizar as uniões matrimoniais e a luta pela liberdade. Mais recentemente, ele foi adotado como símbolo da luta promovida pela Teologia da Libertação para revolucionar a Igreja. Seu promotor mais simbólico foi o Bispo de São Félix do Araguaia Pedro Casaldáliga, que se auto-intitulava Monsenhor Martelo e Foice.

    Ex-Frei Boff com o anel de tucum

    Assim relata outro representante da Teologia da Libertação, Dom Tomás Balduino, bispo emérito de Goiás Velho e por muitos anos presidente do CIMI: “Pedro foi consagrado bispo em 1971, na cidade de São Félix, cercado pelos pobres daquela região. Ele recebeu símbolos litúrgicos adaptados às culturas dos povos indígenas e camponeses. A mitra era um chapéu de palha, o cajado um remo de tapirapé e o anel de tucum, que em seus dedos e nos de muitos agentes pastorais tornou-se um sinal do compromisso da caminhada rumo à libertação”.

    A simbologia do anel de tucum evoluiu com o passar do tempo. Com a condenação da Teologia da Libertação pelo Papa São João Paulo II, ele passou a significar um compromisso com a conspiração para promover, às escondidas, a doutrina condenada. Sobre esta conspiração, ficou famoso o artigo de Don Amaury Castanho, bispo emérito de Jundiaí-SP:

    “O curioso anel de tucum, feito do centro de uma palmeira do Nordeste, é hoje um sinal de contestação na Igreja. Um dos sinais, talvez o mais sério. Ele é encontrado nas mãos de um bom número de sacerdotes e seminaristas, religiosos e leigos. Se é verdade que alguém, inadvertidamente, usa-o – mesmo na Igreja sempre haverá ‘inocentes úteis’ – é igualmente verdade que a maioria o toma como uma afirmação provocativa de uma clara opção por uma eclesiologia que certamente não é a da ‘Lumem Gentium’, do Concílio Vaticano II.

    “O anel de tucum traz consigo, implícita e explicitamente, opções heterodoxas em favor de uma Igreja considerada uma Igreja popular, em oposição à Igreja hierárquica, a única estabelecida por Cristo. Exprime uma discutível e já condenada opção ‘excludente e exclusiva’ pelospobres, marginalizando quem não o é, como se fosse um opressor. A partir dessa análise marxista e parcial da realidade, aqueles que usam o anel de tucum não hesitam em propor soluções revolucionárias, lutas de classes, guerrilhas, violência e terrorismo, que nada têm de evangélico e cristão. […]

    Papa recebe pachamama e o anel de tucum

    “É a divisão dentro da Igreja de Cristo, que a enfraquece, que distancia as ovelhas dos pastores, que opõem os bispos ao Papa, os bispos entre si, os sacerdotes e os leigos aos bispos […].

    “Enquanto isso, os inimigos da Igreja se divertem, aplaudem, cumprimentam-se. O que eles querem está acontecendo: uma Igreja que não é uma comunidade de amor, que une os fiéis a Cristo entre si e seus pastores”.

    Este esclarecimento adamantino de Dom Amaury Castanho pode embasar nossa convicção de que o Papa Francisco não estava ciente de que lhe poriam no dedo o referido anel. Além de seu visível constrangimento, corrobora esta interpretação o foto de que, no dia seguinte, a Sala de Imprensa do Vaticano tenha se esquivado de esclarecer o significado do recebimento de tal anel. Todo o contexto desse infeliz acontecimento, revela apenas a execrável atitude dos grupos que o promoveram, tentando envolver o Papa em suas lutas conspiratórias e sectárias.

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