Assistencial Aparecida - 10 anos de existência!
No pântano de uma sociedade que se envaidece de ser anticristã, faz uma década, um punhado de leigos resolveu bradar alto sua fidelidade à Imaculada Conceição de Maria, honrando-a com a dedicação pelo próximo, a fidelidade aos milenares valores cristãos e a luta pela preservação da Família.
Com alegria e esperança!
Com a graça de Deus, no mês de junho último, a Associação Assistencial da Aparecida fez 10 anos de existência. Um minúsculo tempo para a história da Igreja, mas uma parte considerável da vida dos voluntários que empreenderam os mais variados esforços, sob o sinal da cruz, com o objetivo de preservar os valores cristãos de nossa sociedade espiritualmente doente. A todos os que atuaram nesta faina, oferecemos, do fundo da alma, os mais honestos agradecimentos.
Não foram vantagens pessoais ou materiais que levaram os incontáveis voluntários que devotaram sangue, suor e, até mesmo, lágrimas para que a Associação estivesse à altura da missão a que se propôs. Tampouco foi a legítima aspiração de juntar tesouros no céu – obrigação de todo o cristão. Foi um impulso de compaixão ao ver incontáveis brasileiros, quase que totalmente órfãos de atendimento espiritual, num país de dimensões continentes, com uma sociedade materializada, atendida por uma igreja que padece em grau terminal do “indiferentismo religioso” ao qual tanto se referiu o Papa São João Paulo II.
Também deste grande Papa foi o primeiro texto estudado pelos leigos reunidos, que, depois, decidiriam fundar uma instituição para dar corpo aos anseios de apostolado que lhes animavam o espírito e os inspiravam como um novo carisma.
Após dez anos, já podemos olhar para traz e dizer: a graça não mentiu. Da família espiritual que se consolidou nesta instituição, inúmeros foram os frutos de apostolado. Basta dizer que já foi ultrapassada a marca de dois milhões de livros difundidos, sempre gratuitamente.
Dez anos! E quantos mais virão? Só uma coisa importa: servir a Nossa Senhora até o último suspiro, com a certeza de que este é o caminho mais seguro e mais leve para se chegar a Cristo!
Lembrando nosso primeiro texto
"A Igreja é o povo de Deus, formada pelos discípulos e discípulas de Cristo, que unidos na oração, na caridade fraterna, na escuta da Palavra e na fração do pão, devem dar testemunho de Cristo em toda parte e lugar. Leigos e leigas são membros vivos e ativos na Igreja e na sociedade. São homens e mulheres que ajudam na construção do Reino da verdade e da graça, da justiça e do amor. Homens e mulheres que assumem serviços e ministérios na Igreja.
"O que pensar dos leigos e leigas? Quem são? E onde eles estão? São todos os cristãos que foram incorporados a Cristo pelo batismo e que formam o povo de Deus. O leigo tem como vocação própria procurar o Reino de Deus e exercer funções no mundo, no trabalho e na sociedade ordenando-os segundo o plano de Deus. Cristo chama os leigos a serem “Sal da terra e luz do mundo”. Os leigos devem ter uma consciência clara de não apenas pertencer à Igreja, mas de “ser Igreja”. Os leigos são Igreja, em comunhão com o Papa e bispos.
"A missão do leigo se dá não somente dentro dos espaços e ambientes da Igreja. O leigo chega onde o sacerdote não pode chegar. Ele deve ser a luz de cristo nos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça, de violência. Deve ser o sal que dá sabor à vida e o tempero nas boas relações com o mundo atual, para que possa através do testemunho de fé, interagir nos ambientes mais difíceis da sociedade. O leigo deve contribuir no mundo pela sua própria identidade cristã. Através do batismo, os leigos tem o dever de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todas as pessoas. O cristão leigo não é uma pessoa qualquer, mas alguém que tem uma identidade, tem uma postura e uma forma de viver assemelhadas a Cristo.
"A atuação dos leigos na Igreja e na sociedade tem uma amplitude muito abrangente. Os papas tem chamado os leigos a atuar especialmente na política. O cenário político do Brasil está vergonhoso. Não vemos fim a tanta sujeira na vida pública, corrupção, imoralidade e tanta politicagem que obscurecem a arte de governar e praticar o bem comum. Mas como agir diante deste cenário horrífico?
"A Igreja no Brasil, por meio da Conferência Nacional dos bispos do Brasil (CNBB), propõe um ano todo de reflexão, estudo, aprofundamento, partilha sobre a missão do leigo na Igreja e na sociedade. Todo batizado é portador da graça e em sua labuta do dia a dia é chamado a identificar-se com a pessoa de Jesus Cristo. Os leigos vivem inseridos na construção da vida social e sua ação no mundo é uma ação que santifica a Igreja e o próprio mundo em que se vive. O reino de Deus cresce como o grão de mostarda, ou seja, é tantas vezes imperceptível.
"Leigos e leigas, cristãos e cristãs, são chamados a serem “sujeitos eclesiais” nas diversas realidades em que se encontram inseridos. A evangelização é uma tarefa de toda a Igreja, de bispos e padres, de leigos e leigas, comprometidos com a formação de um mundo novo."
"Ao tomarmos consciência da nossa missão, podemos mudar as estruturas da nossa sociedade e fazer nascer um mundo mais justo e fraterno."